segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Cantinho da Poesia com Rodrigo Luiz


Toda cor do branco

O branco é cor?
Então o papel é colorido
O preto é cor, claro.
E a noite o céu é colorido
Mas ao dia ele é azul
Será o branco ser cor?
Precisaria o pintor pintar com o branco?
Branco é a luz
Branco é o globo dos meus olhos
Branco!
Branco é a espuma do mar
A pena do galo
O pelo do gato, do rato.
Branco é a cor do prato e não a do copo
Mas o preto não
O preto é o preto, preto
da cor da noite
preto é o fundo dos meus olhos ou não
preto é a madruga, mas sem chuva
porque com chuva ela é cinza.


Minhas Capitanias

Quantas noites de verão
Pelos mares naveguei
Quantas ruas percorri
Quantos beijos eu não dei

Foi no bafo do fervor
E no abraço alheio quis
Ser eu somente eu
Sem alguém dizer que fiz

Invadi privacidades
Completei maior idade
Mas na duvida da dor
Preferi devanear

Não sou braço firme forte
Nem sisal que força aguenta
Minha mão enlaça a morte
E meus pés não se afugentam

Rodrigo Luiz

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